Elke Maravilha,a Rainha do Brasil veio a falecer nesta última terça-feira no Rio de Janeiro

19/08/2016 02:22

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Foto:Divulgação.

Nesta última terça feira os brasileiros acordaram mais triste com a notícia do falecimento da atriz,modelo,jurada e apresentadora Elke Maravilha.
Elke foi uma pessoa que sempre manteve um bom relacionamento com a mídia,imprensa em geral e dona de uma irreverência e personalidade peculiar  por isso sempre foi motivo de curiosidade e encantamento por onde passava.
Falar dela como artista,como pessoa é sempre muito difícil,já que multifacetada Elke exibiu nos auges de seus 71 anos inúmeros trabalhos sejam eles como atriz,apresentadora,modelo,jurada de programas de auditórios,ditou moda e regras e muitos antes de Lady Gaga, já existia Elke Maravilha com uma identidade própria,dona de um carisma radiante e sincero, impossível de se copiar,diria insubstituível.
Elke sempre foi uma mulher vaidosa e dona de personalidade própria.Serviu de inspiração para mulheres,drag-queens já que por muitas vezes foi questionado sua sexualidade,a mesma com bom humor sempre respondia que era hemafrodita,que não possui sexualidade.
A mesma foi muitas vezes considerada transexual,tendo relatos de pessoas que afirmaram terem visto o  genital masculino na atriz que diante das provocações,respondia a altura com muito respeito e admiração.
”Nunca me sinto ofendida [por me chamarem de travesti]. Sou madrinha dos gays com muita honra. Tenho muito carinho por eles.”
Elke sempre foi notícia.Nos meados dos anos 90,saiu veiculadas nos principais jornais televisivos o prédio ao qual morava no Centro da Cidade que por ser um prédio antigo corria riscos de desabamento,e estavam com ordem de despejo,simpática e sem perder a pose ,Elke acenou aos jornalista de sua janela.
Teve um certo desafeto com Silvio Santos nos últimos anos ao qual nunca fez questão de esconder sua profunda mágoa,em várias entrevistas quando  questionada sobre a relação com o ex patrão Elke sempre deixou claro sua indignação,ela contou que o “patrão” era desrespeitoso com seus jurados.
“O Silvio Santos era um patrão. Nunca conversávamos e de vez em quando ele tinha um tipo de desrespeito com o Pedro de Lara, por exemplo. Não posso obrigar ninguém a gostar de mim, mas também não gosto de grosserias. Respeito é bom. Já o Chacrinha era como um pai. Ele é atemporal e nunca foi desrespeitoso. Ele sempre foi um pai. Chacrinha era um painho e Silvio Santos era patrão”, falou a ex-jurada que já afirmou para o site  da UOL que não sente falta de Silvio.
Questionada sobre a possibilidade da morte a mesma respondeu em uma entrevista a rede Bandeirantes,muito convicta que seria algo natural e sem sofrimentos.
“Sou preparada inclusive para a minha. Não solto foguetes, claro, mas não sinto as perdas. Não me sinto feliz, fico triste, mas é um final de todos nós seguiremos. Eu vou para lá daqui a pouco também”
No início da carreira Elke conheceu a estilista Zuzu Angel, de quem se tornou amiga. Durante a ditadura militar, em 1971, ela foi presa por desacato no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, por rasgar cartazes com a fotografia de Stuart Angel Jones, filho da amiga Zuzu, alegando que ele já havia sido morto pelo regime. Foi enquadrada na Lei de Segurança Nacional e perdeu a cidadania brasileira, o que a deixou apátrida. Só foi solta depois de seis dias após a intervenção de amigos da classe artística. Anos depois, requisitou a cidadania alemã, a única que possuía. A história da estilista foi contada nos cinemas em 2006 no longa Zuzu Angel. No filme, Elke foi interpretada pela atriz Luana Piovani e fez uma participação especial.
Recentemente estava em cartaz com um espetáculo que retratava algumas passagens de sua vida e estava viajando o País com o espetáculo Elke Canta e Conta, peça itinerante sobre sua história, em que contava da sua infância na Rússia, dos casamentos e de sua vida como modelo e apresentadora.

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“Atualmente não assusto mais, mas tem gente que acha que sou travesti”, diz Elke a revista Isto É.
Carreira:
Começou a atuar como modelo e manequim aos 24 anos, vindo a trabalhar com estilistas famosos da época e foi considerada como inovadora nas passarelas. Inicialmente discreta, com o tempo ela abriu espaço para sua extravagância. Chamando atenção por ser bastante alta (1,80m) e loira natural, não pensava em seguir carreira artística, já que dava aulas de língua estrangeira há alguns anos, e gostava do que fazia. Apesar disto, foi convencida por muitas pessoas, pois era considerada de uma beleza exótica para os padrões do Brasil. Aceitou os convites que vieram e começou a sua carreira com Guilherme Guimarães. Tornando-se famosa no mundo da moda, parou de dar aulas e conquistou sucesso.
Elke fez cursos de cinema e teatro e trabalhou na televisão: foi batizada como Elke Maravilha pelo jornalista Daniel Más, e se tornou conhecida ao ser chamada dessa forma por Chacrinha, com quem ela trabalhou durante 14 anos, a partir de 1972. Elke Maravilha tornou-se popular na TV brasileira nos anos 70 e 80, aparecendo como jurada de programas de calouros do Chacrinha e de Silvio Santos. Nesses programas sempre usava perucas e roupas chamativas e buscava passar mensagens positivas para os espectadores. Em 1993, estreou o ‘Programa da Elke’, onde recebia personalidades para bate-papo e entrevistas
Começou a trabalhar como atriz em O Barão Otelo no Barato dos Bilhões, com Grande Otelo, e atuou em filmes como Pixote, de Héctor Babenco; Quando o Carnaval Chegar e Xica da Silva, de Cacá Diegues. Por sua interpretação em Xica da Silva, Elke foi premiada com a Coruja de Ouro como melhor atriz coadjuvante. No teatro foi expoente do Movimento de Arte Pornô. Sua estreia como atriz na televisão foi em 1986 como dona de um bordel na mini-série Memórias de um Gigolô, com direção de Walter Avancini, e a atuação lhe rendeu o convite para ser madrinha da Associação das Prostitutas do Rio de Janeiro.
Porém infelizmente fomos pego de surpresa esta semana com essa notícia do falecimento. Elke permanecia internada havia quase um mês na Casa de Saúde Pinheiro Machado, no Rio de Janeiro, após uma cirurgia para tratar uma úlcera.Ela estava internada na Casa de Saúde Pinheiro Machado, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, desde o dia 20 de junho.Morreu, aos 71 anos, na madrugada de 16 de agosto de 2016 por volta da 1h, vítima de falência múltipla dos órgãos.
O corpo foi velado no Teatro Carlos Gomes, no Rio, na manhã do dia 17 de agosto. Antes de ser internada, Elke pediu a seu irmão Frederico que ela estivesse linda em seu enterro. Portanto, ela foi vestida com um vestido feito especialmente para o seu musical “Elke Canta e Conta” e maquiada por amigos do jeito que ela costumava se maquiar. O corpo foi enterrado por volta das 17h do dia 17 de agosto no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio.

A mesma a pedidos não queria ”nem choro ,nem velas” no seu velório.Então amigos da atriz se fantasiaram de diversos personagens como uma grande e última homenagem a Elke Maravilha,porém foi difícil conter as lágrimas.
Nossa singela homenagem a essa diva que será eterna nos nossos corações e insubstituível.Rainha da Tv Brasileira.

”Adeus Crianças.”