Crystal Cinematográfica e Petrobras apresentam: “A Primeira Missa ou Tristes tropeços, enganos e urucum”, de Ana Carolina.''
Filme reúne nomes como Alessandra Maestrini, Oscar Magrini, Arrigo Barnabé, Xuxa Lopes, entre outros, e conta ainda com a participação especial de Fernanda Montenegro, Rita Lee e de elenco português
“A Primeira Missa ou Tristes tropeços, enganos e urucum” é o desenvolvimento do trabalho que a cineasta Ana Carolina vem realizando através da produção de filmes de qualidade aliando dramaturgia, tecnologia e conferindo à sua obra destacada função cultural e social, desde Getúlio Vargas, Mar de Rosas, Das Tripas Coração, Sonho de Valsa, Amélia e Gregório de Mattos.
Com humor, seus filmes são agentes de transformação capazes de multiplicar as vias da democratização cultural. Hoje as demandas impostas pela mídia e pelas comunidades emergentes, tanto no que diz respeito à visão da história do Brasil, quanto ao conhecimento das questões de produção e exibição no cinema brasileiro, são temas concretos e urgentes que justificam a realização deste filme.
A consolidação da informatização no cinema impôs-se rapidamente às novas tecnologias, que transformaram critérios dramáticos e tecnológicos. Este filme aborda e discute esse tema de primeira grandeza no planeta hoje. Compara, artisticamente, o marco histórico da primeira missa com a gigantesca tarefa de se fazer um filme em um país que aos poucos conquista o seu próprio mercado.
Pela primeira vez, Ana Carolina filmou em digital: “Existem muitas ciladas no digital, desde a luz, o enquadramento, a acuidade dos ensaios, o foco e isso tudo junto, de repente, favorece que você cometa um erro. Qualquer erro em negativo é sempre imperdoável, no entanto o erro em digital é custo zero. A diferença entre filmar em 35mm e filmar em digital está no cuidado. Tive a sorte de trabalhar com profissionais extraordinários. Me esforcei e me surpreendo ainda hoje com a deslumbrante mata atlântica artificial, cuidadosamente construída, resultando em um dos melhores efeitos já visto nas telas”, explica a diretora.
Sinopse:
Costa da Bahia. Praia. Mata Atlântica. Seis horas da manhã. Temperatura amena, 25º. Frei Henrique de Coimbra, acompanhado pelo sacristão e por alguns jesuítas ordena autoritário à corja de degredados da sua frota que mantenham silêncio e coloquem-se frente ao altar improvisado.
Lentamente a pequena multidão obedece. Solenes os navegadores entoam o "Te Deum". A câmera afasta-se e, inesperadamente, surge uma equipe de cinema no meio da mata! Trata-se de uma produção brasileira, com grande figuração e elenco extraordinário.
O dia está belíssimo, o sol dissipa docemente a neblina da manhã na densa mata e os pássaros embalam a natureza estranhando o desconhecido tumulto.
Ao longe as brumas no horizonte do oceano Atlântico desenham a silhueta das caravelas.
O vento enfuna as velas estampadas com a Cruz de Malta enquanto os navegadores, índios e religiosos preparam-se para dar início a Primeira Missa! "Atenção! Todos prontos! Vamos rodar!"
O Diretor grita: SOM! CÂMERA! AÇÃO!.No set, "a equipe e os produtores" discutem incessantemente como é o nosso país hoje, enquanto os "navegadores portugueses" discutem como será o país que surgirá a partir da histórica missa.
Será necessário realizar essa missa? Será que deveríamos partir imediatamente para Calicute em busca do Caminho das Índias? Os "navegadores" perdem-se nessa discussão. A equipe aguarda a chegada dos produtores que estudam a viabilização financeira e a retomada das filmagens.
Episódios incríveis e inusitados se sucedem em acaloradas deliberações. Já são 16hs e a Luz está caindo. A história se confirma: a missa será celebrada! O filme será feito. "Atenção! Vamos filmar! Luz / Câmera / Ação".
A História e a filmagem seguem então seu curso, e é neste entrelaçar de ações que o filme se faz propondo simultaneamente "ver e refletir" sobre os rumos da história do Brasil e da formação da nossa identidade audiovisual.
Sobre a diretora:
Proveniente do cinema documentário, Ana Carolina é reconhecida como uma das cineastas mais potentes e originais do Brasil. Seus primeiros filmes no final dos anos 60 eram curtas-metragens inspirados na realidade brasileira. Por volta dos anos 70 a presença da mulher atrás das câmeras era exceção no Brasil e ainda assimAna Carolina dirigiu em 1974 seu primeiro longa, o documentário Getúlio Vargas, com excelentes resultados de público e crítica.
Surpreendentemente, a documentarista voltada para a História e problemas sociais do país, mudou de rumo. A partir de 1977 escreveu e dirigiu todos os seus filmes apresentando seu primeiro longa de ficção, Mar De Rosas, uma sátira feroz ao casamento pequeno burguês visto pelos olhos de uma adolescente.
Em 1982 no filme Das Tripas Coração Ana Carolina usou uma tradicional escola de moças para observar o Poder na instituição e seus efeitos sobre os jovens com a sexualidade à flor da pele. Em 1988 realizou Sonho De Valsa o retrato da mulher de 30 anos em busca do homem de sua vida. Ana Carolina emergiu como uma cineasta vigorosa e radicalmente autoral com essa Trilogia
que colocava, de forma inédita, no cinema questões sublinhadas por humor cáustico e extremamente pessoal.
A Trilogia foi exibida com sucesso no mercado internacional. Nesse intervalo, 1988, dirigiu no Teatro Municipal / RJ a Ópera Ariadne auf Naxos / Strauss. Escreveu e dirigiu a peça Fraldas da Providência / 1992. E em 2003 realizou a Ópera Salomé / Strauss no Teatro Municipal / SP. Ana Carolina volta ao cinema com Amélia, filme que trata do episódio da grande atriz Sarah Bernhardt em sua turnê de 1906 pelo Rio de Janeiro.
Esse filme contou com grande elenco nacional, além da atriz Beatrice Agenin da Comedie Francaise, premiada no Festival de Biarritz na categoria de melhor atriz.Em seu filme Gregório de Mattos, a diretora conduz a excelência de grande elenco, revela e eterniza a poética obra do extraordinário e polêmico poeta baiano nascido em 1636, na magistral interpretação de Waly Salomão.
FICHA TÉCNICA:
Longa-metragem / 90 min / Cor / Verificar classificação indicativa
Escrito e Dirigido
ANA CAROLINA
Produzido por
ANA CAROLINA / FRANCISCO RAMALHO JR.
Produtor Executivo
MARCELO TORRES
Coordenadora de Produção
ERICA CARDOSO
Diretor de Fotografia
RODOLFO SANCHEZ, ABC
Som Direto
ROMEU QUINTO, ABC
Arte
VALDY LOPES JN
Figurino
VERONICA JULIAN
Montagem
MAIR TAVARES
Edição de Som
JOSÉ MOREAU LOUZEIRO, SIMONE PETRILLO e WALDIR XAVIER
Música
PAULO HERCULANO • TUNICA TEIXEIRA • MATIAS CAPOVILLA
MEIOS E MÍDIA COMUNICAÇÃO
Gerente Financeiro
VALTER FERNANDES (VAVÁ)
Laboratório de Imagem
LABO CINE DO BRASIL LTDA.
Pós-Produção de Som
Mixer
ROBERTO LEITE
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL:
FERNANDA MONTENEGRO • RITA LEE • ARRIGO BARNABÉ
ELENCO:
ALESSANDRA MAESTRINI
OSCAR MAGRINI
DAGOBERTO FELIZ
ROSA GROBMAN
WAGNER MOLINA
XUXA LOPES • MARIANO MATTOS
TUNA DWEK • FABIO TOMASINI
MAURO DAHMER • ANDRÉA RICHA
ABRAHÃO FARC IN MEMORIAM
ELENCO PORTUGUÊS:
MARCANTONIO DEL CARLO
RUI UNAS
BETO COVILLE
PEDRO BARREIRO
RICARDO SILVA
PERSONAGENS:
Fernanda Montenegro Nossa Senhora
Rita Lee Pirata
Arrigo Barnabé Pirata
Alessandra Maestrini Sônia Duarte
Oscar Magrini Silvano Bréscia / Produtor
Dagoberto Feliz Diretor
Rosa Grobman Juciara
Wagner Molina Ubirajara
Marcantonio Del Carlo Pedro Álvares Cabral
Rui Unas Pero Vaz de Caminha
Beto Coville Frei Henrique
Pedro Barreiro Marujo II
Ricardo Silva Marujo I
Xuxa Lopes Continuísta / Índia II
Fabio Tomasini Presidente do banco
Mariano Mattos Hélio Borba
Abrahão Farc Vice-Presidente do Banco
Mauro Dahmer Fotógrafo
Tuna Dwek Índia I
Andréa Richa Índia II