Crystal Cinematográfica e Petrobras apresentam: “A Primeira Missa ou Tristes tropeços, enganos e urucum”, de Ana Carolina.''

02/06/2014 17:47

Filme reúne nomes como Alessandra Maestrini, Oscar Magrini, Arrigo Barnabé, Xuxa Lopes, entre outros, e conta ainda com a participação especial de Fernanda Montenegro, Rita Lee e de elenco português

 

“A Primeira Missa ou Tristes tropeços, enganos e urucum” é o desenvolvimento do trabalho que a cineasta Ana Carolina vem realizando através da produção de filmes de qualidade aliando dramaturgia, tecnologia e conferindo à sua obra destacada função cultural e social, desde Getúlio VargasMar de RosasDas Tripas CoraçãoSonho de ValsaAmélia Gregório de Mattos.

 

Com humor, seus filmes são agentes de transformação capazes de multiplicar as vias da democratização cultural. Hoje as demandas impostas pela mídia e pelas comunidades emergentes, tanto no que diz respeito à visão da história do Brasil, quanto ao conhecimento das questões de produção e exibição no cinema brasileiro, são temas concretos e urgentes que justificam a realização deste filme.

 

A consolidação da informatização no cinema impôs-se rapidamente às novas tecnologias, que transformaram critérios dramáticos e tecnológicos. Este filme aborda e discute esse tema de primeira grandeza no planeta hoje. Compara, artisticamente, o marco histórico da primeira missa com a gigantesca tarefa de se fazer um filme em um país que aos poucos conquista o seu próprio mercado.

Pela primeira vez, Ana Carolina filmou em digital: “Existem muitas ciladas no digital, desde a luz, o enquadramento, a acuidade dos ensaios, o foco e isso tudo junto, de repente, favorece que você cometa um erro. Qualquer erro em negativo é sempre imperdoável, no entanto o erro em digital é custo zero. A diferença entre filmar em 35mm e filmar em digital está no cuidado. Tive a sorte de trabalhar com profissionais extraordinários. Me esforcei e me surpreendo ainda hoje com a deslumbrante mata atlântica artificial, cuidadosamente construída, resultando em um dos melhores efeitos já visto nas telas”, explica a diretora.

 

Sinopse:

 

Costa da Bahia. Praia. Mata Atlântica. Seis horas da manhã. Temperatura amena, 25º. Frei Henrique de Coimbra, acompanhado pelo sacristão e por alguns jesuítas ordena autoritário à corja de degredados da sua frota que mantenham silêncio e coloquem-se frente ao altar improvisado.

 

Lentamente a pequena multidão obedece. Solenes os navegadores entoam o "Te Deum". A câmera afasta-se e, inesperadamente, surge uma equipe de cinema no meio da mata! Trata-se de uma produção brasileira, com grande figuração e elenco extraordinário.

 

O dia está belíssimo, o sol dissipa docemente a neblina da manhã na densa mata e os pássaros embalam a natureza estranhando o desconhecido tumulto.

Ao longe as brumas no horizonte do oceano Atlântico desenham a silhueta das caravelas.

 

O vento enfuna as velas estampadas com a Cruz de Malta enquanto os navegadores, índios e religiosos preparam-se para dar início a Primeira Missa! "Atenção! Todos prontos! Vamos rodar!"

O Diretor grita: SOM! CÂMERA! AÇÃO!.No set, "a equipe e os produtores" discutem incessantemente como é o nosso país hoje, enquanto os "navegadores portugueses" discutem como será o país que surgirá a partir da histórica missa.

 

Será necessário realizar essa missa? Será que deveríamos partir imediatamente para Calicute em busca do Caminho das Índias? Os "navegadores" perdem-se nessa discussão. A equipe aguarda a chegada dos produtores que estudam a viabilização financeira e a retomada das filmagens.

 

Episódios incríveis e inusitados se sucedem em acaloradas deliberações. Já são 16hs e a Luz está caindo. A história se confirma: a missa será celebrada! O filme será feito. "Atenção! Vamos filmar! Luz / Câmera / Ação".

 

A História e a filmagem seguem então seu curso, e é neste entrelaçar de ações que o filme se faz propondo simultaneamente "ver e refletir" sobre os rumos da história do Brasil e da formação da nossa identidade audiovisual.

 

Sobre a diretora:

Proveniente do cinema documentário, Ana Carolina é reconhecida como uma das cineastas mais potentes e originais do Brasil. Seus primeiros filmes no final dos anos 60 eram curtas-metragens inspirados na realidade brasileira. Por volta dos anos 70 a presença da mulher atrás das câmeras era exceção no Brasil e ainda assimAna Carolina dirigiu em 1974 seu primeiro longa, o documentário Getúlio Vargas, com excelentes resultados de público e crítica.

 

Surpreendentemente, a documentarista voltada para a História e problemas sociais do país, mudou de rumo. A partir de 1977 escreveu e dirigiu todos os seus filmes apresentando seu primeiro longa de ficção, Mar De Rosas, uma sátira feroz ao casamento pequeno burguês visto pelos olhos de uma adolescente.

 

Em 1982 no filme Das Tripas Coração Ana Carolina usou uma tradicional escola de moças para observar o Poder na instituição e seus efeitos sobre os jovens com a sexualidade à flor da pele. Em 1988 realizou Sonho De Valsa o retrato da mulher de 30 anos em busca do homem de sua vida. Ana Carolina emergiu como uma cineasta vigorosa e radicalmente autoral com essa Trilogia

que colocava, de forma inédita, no cinema questões sublinhadas por humor cáustico e extremamente pessoal.

 

Trilogia foi exibida com sucesso no mercado internacional. Nesse intervalo, 1988, dirigiu no Teatro Municipal / RJ a Ópera Ariadne auf Naxos / StraussEscreveu e dirigiu a peça Fraldas da Providência 1992E em 2003 realizou a Ópera Salomé / Strauss no Teatro Municipal / SP. Ana Carolina volta ao cinema com Amélia, filme que trata do episódio da grande atriz Sarah Bernhardt em sua turnê de 1906 pelo Rio de Janeiro.

 

Esse filme contou com grande elenco nacional, além da atriz Beatrice Agenin da Comedie Francaise, premiada no Festival de Biarritz na categoria de melhor atriz.Em seu filme Gregório de Mattos, a diretora conduz a excelência de grande elenco, revela e eterniza a poética obra do extraordinário e polêmico poeta baiano nascido em 1636,  na magistral interpretação de Waly Salomão.

FICHA TÉCNICA:

 

Longa-metragem / 90 min / Cor / Verificar classificação indicativa

Escrito e Dirigido

ANA CAROLINA

Produzido por

ANA CAROLINA / FRANCISCO RAMALHO JR.

Produtor Executivo

MARCELO TORRES

Coordenadora de Produção

ERICA CARDOSO

Diretor de Fotografia

RODOLFO SANCHEZ, ABC

Som Direto

ROMEU QUINTO, ABC

Arte

VALDY LOPES JN

Figurino

VERONICA JULIAN

Montagem

MAIR TAVARES

Edição de Som

JOSÉ MOREAU LOUZEIRO, SIMONE PETRILLO e WALDIR XAVIER

Música

PAULO HERCULANO • TUNICA TEIXEIRA • MATIAS CAPOVILLA

MEIOS E MÍDIA COMUNICAÇÃO

Gerente Financeiro

VALTER FERNANDES (VAVÁ)

Laboratório de Imagem

LABO CINE DO BRASIL LTDA.

Pós-Produção de Som

Mixer

ROBERTO LEITE

 

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL:

FERNANDA MONTENEGRO • RITA LEE • ARRIGO BARNABÉ

ELENCO:

 

ALESSANDRA MAESTRINI

OSCAR MAGRINI

DAGOBERTO FELIZ

ROSA GROBMAN

WAGNER MOLINA

XUXA LOPES • MARIANO MATTOS

TUNA DWEK • FABIO TOMASINI

MAURO DAHMER • ANDRÉA RICHA

ABRAHÃO FARC IN MEMORIAM

 

ELENCO PORTUGUÊS:

 

MARCANTONIO DEL CARLO

RUI UNAS

BETO COVILLE

PEDRO BARREIRO

RICARDO SILVA

PERSONAGENS:

 

Fernanda Montenegro Nossa Senhora

Rita Lee Pirata

Arrigo Barnabé Pirata

Alessandra Maestrini Sônia Duarte

Oscar Magrini Silvano Bréscia / Produtor

Dagoberto Feliz Diretor

Rosa Grobman Juciara

Wagner Molina Ubirajara

Marcantonio Del Carlo Pedro Álvares Cabral

Rui Unas Pero Vaz de Caminha

Beto Coville Frei Henrique

Pedro Barreiro Marujo II

Ricardo Silva Marujo I

Xuxa Lopes Continuísta / Índia II

Fabio Tomasini Presidente do banco

Mariano Mattos Hélio Borba

Abrahão Farc Vice-Presidente do Banco

Mauro Dahmer Fotógrafo

Tuna Dwek Índia I

Andréa Richa Índia II